O Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão imediata da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como 'Enem dos Concursos', após identificar falhas no cumprimento das cotas raciais no novo edital. O pedido foi protocolado dois dias após a publicação do edital, que não corrigiu problemas já notificados na edição anterior. Entre as irregularidades, estão falhas na heteroidentificação de candidatos cotistas e falta de transparência no sorteio de vagas. O MPF afirma que a suspensão pode evitar danos à política de ações afirmativas e afetar mais de 100 mil inscritos.

O Concurso Nacional Unificado (CNU) divulgará seus resultados nesta terça-feira, 4 de fevereiro, a partir das 10h, conforme anunciado pelo Ministério da Gestão e da Inovação. Os candidatos poderão acessar notas finais, listas de classificação e informações de convocação para cursos de formação, com os resultados organizados por bloco. Embora os resultados de nível médio sejam definitivos, os resultados de nível superior são provisórios e serão atualizados após o dia 28. O MPF recomendou a suspensão da divulgação devido a questões envolvendo cotas raciais, apresentando irregularidades em sua implementação.

O MPF recomendou a suspensão da divulgação dos resultados do Concurso Nacional Unificado (CNU) devido a falhas no cumprimento das cotas raciais. Segundo o procurador Nicolao Dino, um inquérito revelou irregularidades que comprometeram a igualdade de acesso ao serviço público. Entre os problemas, destacam-se a falta de notificação adequada a candidatos cotistas e a ausência de fundamentação nas decisões de enquadramento. O MPF também criticou o atraso na divulgação dos avaliadores responsáveis pela heteroidentificação, além de reforçar que, em caso de dúvidas sobre a identidade racial, deve prevalecer a autodeclaração do candidato.

Após a polêmica envolvendo seu ingresso na universidade federal através do sistema de cotas raciais, Matteus, ex-participante do BBB 24, compartilhou uma nota de esclarecimento nas redes sociais. Ele afirmou que outra pessoa realizou sua inscrição e escolheu a cota de forma errada, sem seu conhecimento prévio. Matteus frisou que nunca teria a intenção de se beneficiar indevidamente do sistema de cotas e agradeceu a oportunidade de esclarecer o assunto, pedindo desculpas por eventuais transtornos. O caso ganhou repercussão, com um ativista denunciando Matteus ao Ministério Público por prática de falsidade ideológica.